Christiana tinha várias facetas: era psicanalista, psicóloga, mulher, mãe divertida e escritora em plena evolução. Kikinha, como é mais conhecida, se aproximou muito da escrita em 2020 e 2021. E com motivo: ela superou duas vezes o câncer - de mama e leucemia - e as palavras se tornaram suas ferramentas indispensáveis para compartilhar as experiências que a vida lhe trouxe. Infelizmente ela partiu no dia 01 de Maio de 2022 depois de uma longa batalha contra a leucemia. O Nossas Palavras sente muito esse imenso vazio deixado pela Kikinha.
Em 2021 elas nos deu uma entrevista e olha o que ela falou para a gente:
De onde nascem as suas palavras?
As minhas palavras nascem dos sentimentos. Percebi que no momento mais sofrido, elas transbordaram. Elas nascem para dar conta do que sinto, principalmente a dor, mas também os momentos de felicidade, medo e reflexão.
Qual seu livro preferido?
Difícil eleger um só. O primeiro que me marcou e me fez gostar de ler foi Meu Pé de Laranja Lima. Os do ano passado foram Crime e Castigo de Dostoievski e a autobiografia do Woody Allen. A obra do Freud ocupa um lugar especial na minha “biblioteca”.
Que escritores você admira?
Eu admiro muitos escritores, sempre que estou lendo um livro, a não ser que não goste dele. Eu admiro o autor, pela entrega, pela coragem e por conseguir tocar o leitor de alguma forma. Mas hoje em dia tenho privilegiado as escritoras mulheres e brasileiras como a Rafaela Carvalho, a Ana Claudia Quintana, a Cris Guerra. Também estou lendo a Elena Ferrante e estou amando.
Como você se sentiu com o convite de virar colaboradora do Nossas Palavras?
Me senti lisonjeada por estar rodeada de mulheres que colocam em palavras esse riquíssimo universo feminino. Se tornar mulher é uma construção e a escrita propicia isso.
Segue ela no Instagram @escritos_christiana